quinta-feira, 20 de junho de 2024

Chapeuzinho Vermelho

Era uma vez, numa pequena aldeia perto de uma floresta densa, uma adorável menina chamada Chapeuzinho Vermelho. Ela ganhou esse apelido porque sempre usava uma capa vermelha que sua avó lhe dera. Um dia, sua mãe pediu-lhe que levasse uma cesta de guloseimas para a avó, que estava doente e morava do outro lado da floresta.

— Lembre-se, Chapeuzinho, vá direto para a casa da vovó e não converse com estranhos — advertiu a mãe.

— Sim, mamãe! — respondeu Chapeuzinho Vermelho, partindo alegremente.

Com a cesta de guloseimas em mãos, Chapeuzinho adentrou a floresta, encantada com as flores e os passarinhos que cantavam alegremente.

Enquanto caminhava, Chapeuzinho encontrou um lobo grande e astuto.

— Bom dia, Chapeuzinho Vermelho — disse o lobo, fingindo ser amigável. — Aonde você vai tão cedo?

— Vou à casa da vovó levar estas guloseimas — respondeu Chapeuzinho inocentemente.

— E onde mora sua vovó? — perguntou o lobo, tentando disfarçar suas intenções maldosas.

— Mora do outro lado da floresta, na primeira casa depois do moinho — disse Chapeuzinho.

O lobo, então, teve uma ideia maligna.

— Por que você não colhe algumas flores para a sua avó? Tenho certeza de que ela adoraria — sugeriu o lobo.

— Que boa ideia! — exclamou Chapeuzinho, desviando-se do caminho para colher flores, enquanto o lobo correu rapidamente pela floresta em direção à casa da vovó.

O lobo chegou à casa da vovó e bateu na porta.

— Quem é? — perguntou a vovó com voz fraca.

— Sou eu, Chapeuzinho Vermelho, trazendo guloseimas para a senhora — respondeu o lobo, disfarçando a voz.

— A porta está aberta, minha querida — disse a vovó.

O lobo entrou de um salto, prendeu a vovó no armário e vestiu suas roupas, deitando-se na cama e cobrindo-se com o cobertor.

Algum tempo depois, Chapeuzinho Vermelho chegou à casa da vovó, com a cesta cheia de guloseimas e um buquê de flores. Ela bateu na porta.

— Quem é? — perguntou o lobo, imitando a voz da vovó.

— Sou eu, Chapeuzinho Vermelho, trazendo guloseimas para a senhora — respondeu ela.

— Entre, minha querida — disse o lobo.

Chapeuzinho entrou e estranhou a aparência da vovó.

— Vovó, que orelhas grandes a senhora tem! — exclamou Chapeuzinho.

— São para te ouvir melhor, minha querida — disse o lobo.

— Vovó, que olhos grandes a senhora tem!

— São para te ver melhor, minha querida.

— Vovó, que mãos grandes a senhora tem!

— São para te abraçar melhor, minha querida.

— Vovó, que boca grande a senhora tem!

— É para te comer melhor! — rugiu o lobo, saltando da cama.

Chapeuzinho gritou e tentou fugir, mas o lobo estava prestes a capturá-la quando um lenhador que passava por ali ouviu os gritos. Ele correu para a casa da vovó, entrou rapidamente e, com um golpe certeiro, derrubou o lobo.

O lenhador libertou a vovó do armário, e ambas, Chapeuzinho e a vovó, agradeceram-lhe calorosamente.

— Prometo nunca mais conversar com estranhos na floresta — disse Chapeuzinho Vermelho, abraçando sua avó.

Desde aquele dia, Chapeuzinho Vermelho seguiu os conselhos de sua mãe e nunca mais se desviou do caminho. Ela continuou a visitar a vovó, mas sempre com cuidado e atenção.

E assim, Chapeuzinho Vermelho, sua avó e o lenhador viveram felizes, com a floresta novamente em paz, sabendo que o mal pode ser derrotado com coragem e união.


Fim.

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