segunda-feira, 12 de maio de 2025

Aventuras no Rincão Gaúcho

 


"As Aventuras de João, Maria e Pedro no Rincão Gaúcho"

Num cantinho mágico do Rio Grande do Sul, onde os campos se estendem verdes e o sol brinca de esconde-esconde com as nuvens, viviam três amigos inseparáveis: João, Maria e Pedro. Eles moravam num pequeno povoado chamado "Rincão Feliz", onde todos se conheciam pelo nome e o chimarrão circulava de mão em mão como um abraço quente.

Os três viviam aventuras que nenhum livro conseguia contar direito. Seus dias eram cheios de pescaria no arroio, cavalgadas pelos campos, histórias de assombração contadas sob o luar e, claro, muita farra com os bichos da região.

O Começo do Dia no Rincão

Toda manhã, bem cedinho, o galo "Quiquiriqui" do seu Tonho anunciava o amanhecer. Maria acordava com o cheirinho gostoso do pão de milho que sua avó assava no fogão à lenha. João, que morava na casa ao lado, já pulava a cerca de madeira para chamá-la:

— "Ê, Maria! Bora acordar o Pedrão antes que o sol esquente demais!"

Pedro, o mais dorminhoco do trio, só acordava quando seu cachorro "Truco" começava a lamber seu rosto.

— "Bah, Truco, para com isso, tchê!" — ele resmungava, mas já saía da cama com um sorriso no rosto.

A Pescaria no Arroio

Naquele dia, os três combinaram de ir pescar no "Arroio da Figueira", um riozinho cheio de peixes como jundiás e lambaris. Maria levou a vara de bambu que seu pai tinha feito, João carregou as minhocas que havia catado no jardim, e Pedro trouxe o balde para guardar os peixes.

— "Se a gente pegar bastante, a mãe do João faz aquele pirão que é uma beleza!" — disse Maria, lambendo os lábios só de pensar.

Enquanto esperavam os peixes morderem a isca, Pedro contou uma história que o avô dele sempre contava:

— "Cês sabem que dizem que o Arroio da Figueira tem um ‘Negrinho do Pastoreio’? Que ele ajuda quem perde as coisas e protege os animais!"

João arregalou os olhos:

— "Sério? Então se eu perder meu chapéu, ele me ajuda a achar?"

Maria riu:

— "Só se tu for bonzinho, João! Se não, ele te prega um susto!"

O Encontro com o Lobisomem (Ou Quase!)

No caminho de volta, já com o balde cheio de peixes, os três resolveram passar pelo "Campo dos Butiazais", onde cresciam pequenos coqueiros de butiá. De repente, ouviram um barulho estranho vindo dos arbustos.

— "O que foi isso?" — sussurrou Pedro, segurando o balde com força.

Um vulto escuro apareceu entre as folhas... e era só a mula-sem-cabeça? Não! Era a vaca desgarrada do seu Neco, que tinha escapado do pasto!

Os três caíram na gargalhada, mas João brincou:

— "Quase a gente vira o jantar do lobisomem, hein!"

A Festa no Galpão

À noite, toda a vila se reuniu no galpão comunitário para um arraial. Tinha churrasco, pão com batata-doce, salsichão e, claro, o famoso arroz de carreteiro que a mãe da Maria fazia. As crianças brincaram de pega-pega, esconde-esconde e até tentaram laçar um bezerro de mentira feito de palha.

O avô do Pedro pegou seu violão e começou a tocar uma música gaúcha, enquanto todos dançavam. Até o "Truco", o cachorro, parecia querer sapatear!

A Despedida Sob o Céu Estrelado

No final da festa, os três amigos se deitaram no campo para olhar as estrelas.

— "Nossa terra é a mais bonita do mundo, né?" — disse Maria, sonhadora.

— "É sim!" — concordou João. — "E amanhã a gente vai caçar tuco-tucos na colônia!"

Pedro deu uma risada:

— "Só se o Negrinho do Pastoreio deixar!"

E assim, entre lendas, amizade e a magia do interior gaúcho, os três amigos fecharam os olhos, sabendo que no dia seguinte, novas aventuras os esperavam.

Fim.


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